quinta-feira, 7 de junho de 2012

Conheça a História da tatuagem

A tatuagem nas civilizações antigas

Os Pictus, do Norte Europeu, se tatuavam por acreditar que as tatuagens lhes davam força e que os desenhos ficavam marcados em suas almas para seus antepassados os reconhecerem após a morte. O povo Maori, da Nova Zelândia, Polinésia, Filipinas e Indonésia tatuavam-se em rituais religiosos, destacando-se pelo Moko, tatuagem tradicional feita no pescoço.Os povos Celtas e Vikings, os dinamarqueses, os normandos e os saxões, também desenvolveram os seus próprios estilos de tatuagem.
Para os Samoanos, o ato de pintar o corpo marcava a passagem da infância para a maioridade. A Idade Média baniu a tatuagem da Europa, com o argumento de que era “coisa do demônio”. Qualquer cicatriz, má formação ou desenho na pele não era visto com bons olhos. Essas pessoas eram perseguidas, aprisionadas e mortas em fogueiras pela inquisição a mando dos senhores feudais que queria exterminar possíveis “redentores do povo”.No Japão feudal as tatuagens eram usadas como forma de punição, tornando-se sinônimo de criminalidade. Para o japonês, muito preocupado com sua posição na sociedade, ser tatuado era pior do que a morte. Mais tarde, na Era Tokugawa, época de intensa repressão, ser criminoso se tornou sinônimo de resistência, popularizando a tatuagem. Foi nessa época que surgiu a Yakuza, a máfia japonesa, cujos membros têm os corpos todos pintados em sinal de lealdade e sacrifício à organização e simbolizando a sua oposição ao regime. Os chineses acreditavam que as tatuagens desviavam o mal de quem as possuía e marcavam a pele com labirintos sinuosos para confundir os olhos do inimigo.
Na América, tanto as tribos indígenas dos Estados Unidos, quanto as civilizações Maias e Astecas, eram praticantes da tatuagem. Para os Índios Sioux, tatuar o corpo servia como uma expressão religiosa e mágica. Eles acreditavam que após a morte, uma divindade aguardava a chegada da alma e exigia ver as tatuagens do índio para lhe dar passagem ao paraíso. Um pouco mais próximo da linha do equador, Cortez se espantou com o fato dos Maias praticarem o culto dos deuses de pedra. Mais ainda, estes povos tinham o costume de gravar as imagens dos seus deuses na própria pele. Apesar dos europeus terem desenvolvido a tatuagem com os Celtas e os povos bárbaros, os conquistadores nunca tinham visto uma tatuagem antes, o que ajudou a qualificarem os Maias de “adoradores do diabo” e os massacrarem pelo seu ouro.

Como a tatuagem chegou ao ocidente

O contato dos europeus com as culturas do pacífico foi a responsável pelo crescimento da tatuagem no ocidente durante o século XVIII.  Na segunda metade do século XIX, as tatuagens viraram moda entre a realeza européia.No final do  século XIX, a febre da tatuagem espalhou-se na Inglaterra . Graças à prática dos marinheiros ingleses em tatuarem-se vários segmentos da sociedade inglesa se tornaram adeptos da arte. Mas mesmo com a realeza tendo sido tatuada, a maioria das pessoas insistia em associar o ato de tatuar com uma propensão à criminalidade e marginalidade. Outros interpretavam a penetração da carne como uma tendência à homossexualidade.
A palavra tatuagem origina-se do inglês tattoo. O pai da palavra “tattoo” foi o capitão James Cook , que escreveu em seu diário a palavra “tattow”, também conhecida como “tatau”, uma onomatopéia do som feito durante a execução da tatuagem, em que se utilizavam ossos finos como agulhas, no qual batiam com uma espécie de martelinho de madeira para introduzir a tinta na pele.
A partir de 1920 a tatuagem foi ficando mais  comercial, tornando-se mais popular entre americanos e europeus. Surgindo uma gama de tatuadores que eram artisticamente ambiciosos. Eles acharam muitos clientes nas décadas de 1950 e 1960. Durante muito tempo, nos Estados Unidos, a tatuagem esteve associada a classes sócio-econômicas mais baixas, aos militares, aos marinheiros, às prostitutas e aos criminosos.

Como a tatuagem chegou ao Brasil

A tatuagem elétrica chegou ao Brasil em junho de 1959, através do dinamarquês “Knud Harld Likke Gregersen”, que ficou conhecido como “Lucky Tattoo”. Knud dizia que suas tatuagens davam sorte, e em menos de seis meses, Lucky já era notícia de TV. Na foto ao lado, Lucky faz mais um trabalho. Note que naquele tempo, o uso de luvas não era considerado necessário pois doenças como a AIDS e Hepetite não era bem difundido e cuidados nunca eram tomados.

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